segunda-feira, 26 de outubro de 2015

 

PERDÃO E JUSTIFICAÇÃO

1) A NECESSIDADE DE PERDÃO

A) PRECISAMOS DE PERDÃO
Todos precisamos de perdão porque todos somos pecadores. Em Rom. 3:23 e v. 12 diz: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; todos se extraviaram e se fizeram inúteis”. Em Ecl. 7:20 diz: “não há Homem justo sobre a Terra, que faça o bem, e nunca peque". No Sal. 51:5 diz: "em pecado me concebeu minha mãe". Assim, todos somos pecadores por natureza. Entretanto, ninguém será condenado porque é pecador por natureza.
Mas serão condenados todos os que rejeitarem a salvação que Deus oferece pelo sacrifício de Jesus. Pecado é toda atitude, pensamento ou obra contrária à vontade de Deus.

B) PRECISAMOS DE PERDÃO
Todos precisamos de perdão porque nada podemos fazer para nos livrar dos nossos pecados. No Sal. 49:6-9 diz: "ninguém pode dar a Deus o resgate de sua alma". Em Mat. 20:28 diz: "que Jesus veio dar a sua vida em resgate de muitos". 1a Ped. 1:18-19 confirma: “o resgate é o sacrifício de Jesus através do seu sangue”.
Em Marcos 10:26-27 está escrito: "para os Homens é impossível a salvação, mas para Deus tudo é possível". Pelo perdão, Deus apaga os nossos pecados.

C) PRECISAMOS DE PERDÃO
Todos precisamos de perdão para podermos ser salvos e ter uma vida de comunhão com Deus. Porque Deus é Santo e não pode tolerar pecado. Isaias 59:1-2 diz: "nossos pecados fazem divisão entre nós e o nosso Deus". Em Efésios 2:8-9 diz: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie". Atos 3:19 está escrito: "arrependei-vos e convertei-vos para que cinjam apagados os vossos pecados". Assim, todos temos necessidade de perdão. Todos somos pecadores e sem perdão não há salvação.

2) COMO OCORRE O PERDÃO
O perdão só existe em Deus, e por Deus nos é concedido para que perdoemos. O perdão é o meio divino de tornar nulos os nossos pecados. Deus quer a nossa participação. Necessitamos perdoar a quem nos ofendeu, e experimentar o verdadeiro arrependimento, que significa reconhecer que somos pecadores, que erramos, envolvendo ainda um esforço para abandonarmos o pecado (Prov. 28:13). Só assim seremos perdoados.

A) PRIMEIRA E SEGUNDA DIREÇÃO DO PERDÃO
O pecado atua contra o nosso próximo e contra Deus. Também o perdão funciona assim: precisamos perdoar os outros e pedir o perdão de Deus, para eles e para nós. Há quem diga: eu o perdoo, mas não esqueço. Na verdade só Deus tem a capacidade de não lembrar mais de nossos pecados. No entanto, devemos pedir a Deus que nos liberte de tal maneira, que a lembrança de pecados passados não nos cause nenhum mal.
Ao vermos o nosso antigo desafeto, devemos pedir a Deus misericórdia, amor e perdão em favor dele. Jesus disse: amai até os vossos inimigos.
Em Mat. 18:21-22 recomenda perdoar até setenta vezes sete, isto quer dizer perdoar sempre. É assim que Deus quer que nós façamos e então Ele fará conosco assim também. Peçamos a Deus poder para perdoar, porque o não perdoar faz maior mal a quem precisa dar o perdão, do que a quem precisa recebê-lo. Atente: a Palavra de Deus é poderosa para curar toda raiz de amargura e todas as feridas da alma, desde a nossa consciência até a inconsciência (Heb. 4:12; 12:15; Tiago 1:21; Sal. 19:7). Aprendamos a liberar o perdão para os outros e a abençoá-los, e estaremos liberando as bênçãos de Deus sobre nós Mat. 18:32-35. O texto de Mar. 11:25-26 nos fala das duas direções do perdão. Deus quer que perdoemos os outros para Ele nos perdoar também.

B) A TERCEIRA DIREÇÃO DO PERDÃO
O pecado atua contra nós mesmos. A terceira direção do perdão é perdoarmos a nós mesmos. Há pessoas que sofreram traumas ou se envolveram em pecados tão grosseiros e perversos que, mesmo depois de crerem em Jesus, serem perdoadas e salvas, ainda vivem oprimidas pela lembrança das coisas passadas. Elas não conseguem perdoar a si mesmas. Das três direções do perdão, a mais difícil é perdoar a nós mesmos.
Mas vejamos o que diz a Bíblia em 2a Cor. 5:17: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". Em Isaias 1:18; 43:25; Heb. 8:12; 10:17 está escrito: “Dos teus pecados não me lembrarei mais. Mesmo que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão brancos como a lã”. Se Deus já os perdoou e deles não se lembra mais, por que vamos nós ainda nos lembrar e carregar o peso deles? Atentemos: Deus quer que cada um de nós perdoe a si mesmo. Em 1a João 1:7 diz: “O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. Em 1a João 3:20 diz: “Se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração”. Em João 8:32 e v. 36 diz: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Se você já nasceu de novo, tem certeza do perdão e da salvação, rejeite todo pensamento acusatório dos pecados passados, repreenda e expulse em nome do Senhor Jesus, porque isso vem do maligno.

3) A NECESSIDADE DE JUSTIFICAÇÃO
Quando pela fé cremos em Jesus e fomos salvos, isto foi o bastante para Deus justificar-nos, imputando-nos a justiça de Cristo. A justificação é uma providência tomada por Deus de nos declarar justificados em Cristo Jesus para todo o sempre. A justificação não exige a nossa participação como no perdão. Deus a faz sozinho pela nossa fé em Cristo Jesus; e nós, no princípio, nem tínhamos consciência disto. A justificação promove em nós uma mudança de posição. Nós éramos pecadores, filhos da ira e condenados. Agora, passamos à posição de filhos de Deus, irmãos mais novos de Jesus e cidadãos dos Céus (João 1:11-12; Fil. 3:20-21).
A justificação é uma das mais importantes doutrinas da salvação, pois sem ela não haveria salvação. Tanto o arrependimento como a fé, o perdão e a regeneração conduzem à justificação. O perdão apaga os pecados, mas não pode desfazer o mal que eles causaram. Por isso, Deus tem a justificação para cobrir todos esses males. A justificação é uma necessidade para que o crente tenha certeza absoluta de que está salvo, seguro, aceito por Deus e para criar uma relação de Pai para filho e filho para Pai entre o crente e Deus. A salvação e a justificação são só pela graça mediante a fé e só por Jesus (Rom. 3:20 e v. 28; 11:6; Ef. 2:8-9).

4) PRIMEIRA CARACTERÍSTICA DA JUSTIFICAÇÃO
Jesus foi feito para nós, lá na cruz, justiça de Deus (1a Cor. 1:30). Esta é a primeira característica da justificação: Jesus conquistou a justificação para nós na cruz do Calvário.
Cristo vestiu-se de nossos pecados na cruz para que nós pudéssemos vestir a Sua justiça. Deus, o Justíssimo, declara que pode justificar o Homem injusto sem praticar injustiça e o tornar justo para todo o sempre.
Deus não faz o Homem justo para declará-lo justificado, mas o declara justificado pelo sacrifício de Jesus (Rom. 5:1). “Quem intentará acusação contra nós? É Deus quem nos justifica” (Rom. 8:33).
Nenhum juiz da Terra pode justificar o injusto sem praticar injustiça. Mas Deus pode conservar-se justo, ao mesmo tempo que justifica os injustos que creem, e que somos nós, pois todo o nosso castigo e culpa foram lançados por Deus sobre Jesus. Em Rom. 3:25-26 diz que “Deus é justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. A lei condena, a graça justifica. A lei diz: pague tudo. Já a graça diz: tudo está pago.

5) SEGUNDA CARACTERÍSTICA DA JUSTIFICAÇÃO
A justificação é o selo máximo que nos garante a salvação para toda a eternidade. É um dom de Deus. Mas esse dom tem que ser aceito. Nós o aceitamos quando cremos em Cristo e então nos apropriamos dele pela fé. Esta é a segunda característica da justificação: A justificação nos é imputada por Deus. Justificação significa muito mais do que ser absolvido. Deus nos trata como se nunca tivéssemos pecado. “Imputar significa levar à conta de alguém as consequências do ato de outrem”.
As consequências dos nossos pecados foram levadas à conta de Cristo na cruz do Calvário (Isaias 53:4-6), e as consequências da obediência de Cristo foram levadas à conta do crente dando--lhe a justificação. Logo, recebemos a justificação que nos é comunicada na regeneração. Tudo acontece pela fé em Cristo, em Seu sacrifício, em Sua Palavra, em Suas promessas e em Sua salvação. A fé, por assim dizer, é a mão que recebe tudo o que Deus oferece. Na justificação não ocorre em nós nenhuma transformação.
A transformação interna espiritual que se segue em nós chama-se regeneração e é operada pelo Espírito Santo. O Cristo que é por nós torna--se então Cristo em nós. A justificação é pelo sangue de Jesus e por Sua graça. Portanto, um ato divino. A nossa fé em Cristo nos é imputada como justiça. A justificação nos é concedida quando somos salvos ao aceitarmos Cristo pela fé. O estudo abundante da Bíblia e a oração produzirão em nós quebrantamento e certeza absoluta do perdão e justificação (Rom. 3:22, v. 24 e v. 28; Rom. 4:4-8; Rom. 5:1-2 e v. 9).

6) APELO
Se alguém ainda não nasceu de novo e não tem certeza da salvação, arrependa-se e creia pela fé que os seus pecados crucificaram Jesus. Creia que Cristo já recebeu na cruz o castigo que você merecia, e receba hoje pela fé o perdão e a salvação (Rom. 3:20 e v. 28; Efésios 2:8-9; Isaias 53:4-6).

CONCLUSÃO
O perdão só existe em Deus e nos é concedido para perdoarmos sempre os outros e pedir que Deus também os perdoe. Pedir o perdão para nós e perdoar a nós mesmos, pois o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado.
Todos nós tínhamos necessidade de justificação. Jesus a conquistou na cruz do Calvário. Quando pela fé cremos em Cristo, Deus nos perdoa e declara que estamos salvos e justificados para todo o sempre, imputando-nos a justiça de Cristo. Que Deus o (a) abençoe. Amém. 

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